domingo, 24 de janeiro de 2010

Da crispação à negociação

Orçamento de Estado viabilizado

Várias foram as razões invocadas hoje pelo CDS para viabilizar o orçamento de estado para o corrente ano de 2010. Não para o aprovar mas, sim, para permitir que o mesmo seja aprovado, como sublinhou o Líder do CDS, através da tomada de posição a que chamou de “abstenção construtiva”.

Razões válidas, sem dúvida, perante esta situação caótica das contas públicas e a situação do desemprego em contínuo agravamento.
Pela resposta, para já, enigmática do PSD, crê-se que também este grupo parlamentar irá permitir a aprovação do referido orçamento optando por uma postura semelhante à que foi anunciado pelo CDS.
Opções politicas que o país deseja e necessita, mas que resultam essencialmente, como foi sublinhado pelo líder do CDS, Paulo Portas, da mudança de postura do governo e do PS, ao passar de uma postura de “crispação para uma postura de negociação”.
E esta será neste momento a postura que os portugueses mais esperam dos líderes políticos, das bancadas parlamentares, do governo.
Da citada “crispação” dos últimos quatro anos estão a colher-se os frutos: o contínuo empobrecimento do país.
O país não precisa de encenação politica. Não precisa de posições radicais e “crispantes” como a anunciada pelo líder do Bloco de Esquerda sobre esta temática do orçamento de estado.
O país precisa é de sinceridade dos políticos, de explicação séria sobre o estado das coisas e de explicação capaz sobre as opções a tomar por forma a poderem ser implantadas as medidas essenciais ao desenvolvimento económico e social sem contestação e sem revolta.
Os sacrifícios tanta vez pedidos e anunciados ao povo (nos últimos tempos, há praticamente uma década) precisam de ser percebidos de modo a que possam dar resultado.
Não sendo assim, os resultados estão à vista.
Todos esperamos que esta “viabilização orçamental” traduza uma viabilização económica e social.
O país precisa de criar, de realizar, de produzir.
Em vez de se optar pela importação de bens como critério, é urgente reajustar a consciência colectiva e reorganizar convenientemente a mão-de-obra disponível.

Sem comentários:

Enviar um comentário