Celebrações centenárias
Iniciaram hoje as celebrações no país (Porto) referentes ao primeiro centenário da implantação da República em Portugal.
República é normalmente a designação dada a um sistema político em contraposição à monarquia que na maioria dos casos acabou de substituir.
Esta expressão, originária da palavra latina “respublica”, significando coisa pública, traduz também um sistema politico caracterizado pela partilha do poder delegado pela sociedade (eleitores) nos seus representantes eleitos para o exercício do governo da nação por um certo período de tempo.
Iniciaram hoje as celebrações no país (Porto) referentes ao primeiro centenário da implantação da República em Portugal.
República é normalmente a designação dada a um sistema político em contraposição à monarquia que na maioria dos casos acabou de substituir.
Esta expressão, originária da palavra latina “respublica”, significando coisa pública, traduz também um sistema politico caracterizado pela partilha do poder delegado pela sociedade (eleitores) nos seus representantes eleitos para o exercício do governo da nação por um certo período de tempo.
No nosso país, após tentativas não conseguidas, em 1910, como sabemos, depois de morto o rei, ficou república, objectivo por muitos almejado como sendo a forma de resolver os problemas graves de organização social e económica que já na altura esta nação enfrentava.
Contudo, cedo se foi a grande esperança depositada nesta forma de organização politica. Depressa veio 1928 e o Estado Novo impor regras que a república não conseguiu fazer respeitar.
Este período da nossa história acaba por terminar com o 25 de Abril de 1974, noutra revolução, agora sem sangue, mas com armas e cravos à mistura.
Daí para cá, nesta nova república, de evolução sem precedentes, com a mesma Assembleia da República, mas com a democratização do acesso aos lugares do poder assim como ao poder do voto, onde comportamentos antes considerados desviantes, senão crime, hoje aí aprovados, continuamos com idênticos problemas aos vividos antes de sermos república.
Qual sina a nossa, sermos o segundo país europeu (depois da Grécia) com pior cotação a nível do mercado financeiro, a vermos a sua cotação a descer, o seu endividamento externo a subir, a aprovação de um orçamento de estado aprovado com a abstenção de alguns partidos politicos a fim de evitar nova crise governativa que degrade ainda mais a tão débil economia portuguesa.
Afinal, parece que andamos, pelo menos, há um século a fazer revoluções mas continuamos sem soluções.
Efectivamente creio que o país tem de dar um passo em frente e perceber que o problema da organização social e económica não é uma questão de republicanos ou monárquicos, de rosas ou laranjas, de azuis ou vermelhos.
É mais do que isso. É, sem dúvida, uma questão de determinação, mas não só. É uma questão de bom senso, de sabedoria, de capacidade para fazer agir.
Os países viveram uma época de expansão e não pensaram na necessária poupança para épocas de recessão. Criaram maus hábitos a fim de aumentarem ainda mais o crescimento, falseando a capacidade de consumo e o inevitável, como sempre, acontece.
Os países viveram uma época de expansão e não pensaram na necessária poupança para épocas de recessão. Criaram maus hábitos a fim de aumentarem ainda mais o crescimento, falseando a capacidade de consumo e o inevitável, como sempre, acontece.
Que estas celebrações nos façam ver que aquilo de que o país mais precisa é capacidade de acção, não só por quem governa mas também por quem é governado. Precisamos de boas politicas, de boas medidas, independentemente de quem se lembrar delas e as souber implementar.