O mais desatento ouvindo o tom do discurso do Primeiro Ministro português e a sua coreografia gestual, depressa dirá que está perante mais um politico candidato em algumas eleições próximas.
Sem dúvida que, salvo aquele dia em que Primeiro Ministro e Ministro das Finanças vieram publicamente declarar o estado das finanças públicas e pedir grandes sacrifícios aos portugueses, depois de meses antes nas eleições terem criticado quem dizia que não havia dinheiro para investimentos públicos megalómanos, a sua presença em público é sempre idêntica:
O mesmo tom, os mesmos gestos, a mesma direcção, o mesmo objectivo: Criticar o PSD como se o PSD fosse governo e ele, primeiro ministro, o chefe da oposição.
Contudo, este estado difícil das finanças públicas foi criado por si mesmo e ampliado por si mesmo, num despesismo inútil dirigido à auto sustentação politica com medidas que levam a que os salários de alguns e subsídios de outros consumam o que os muitos demais trabalhadores deviam receber.
Agora, já se diz que é preciso reduzir os vencimentos dos dirigentes da Administração Central e quem sabe, reduzir o próprio número de dirigentes, assim como reduzir em vinte por cento os elementos da administração do Sector Empresarial do Estado.
Março será, eventualmente, o mês da nova aparição em público a pedir sacrifícios.
Sem dúvida que, salvo aquele dia em que Primeiro Ministro e Ministro das Finanças vieram publicamente declarar o estado das finanças públicas e pedir grandes sacrifícios aos portugueses, depois de meses antes nas eleições terem criticado quem dizia que não havia dinheiro para investimentos públicos megalómanos, a sua presença em público é sempre idêntica:
O mesmo tom, os mesmos gestos, a mesma direcção, o mesmo objectivo: Criticar o PSD como se o PSD fosse governo e ele, primeiro ministro, o chefe da oposição.
Contudo, este estado difícil das finanças públicas foi criado por si mesmo e ampliado por si mesmo, num despesismo inútil dirigido à auto sustentação politica com medidas que levam a que os salários de alguns e subsídios de outros consumam o que os muitos demais trabalhadores deviam receber.
Agora, já se diz que é preciso reduzir os vencimentos dos dirigentes da Administração Central e quem sabe, reduzir o próprio número de dirigentes, assim como reduzir em vinte por cento os elementos da administração do Sector Empresarial do Estado.
Março será, eventualmente, o mês da nova aparição em público a pedir sacrifícios.
Porquê tais reduções? Será, certamente, a pergunta que se impõe.
Será que estes vinte por cento de dirigentes altamente remunerados são assim dispensáveis de um dia para o outro?
E, já o eram há anos atrás ou foram acrescentados com a governação actual?
Será esta a coragem que o Primeiro Ministro e seus adjuntos e seguidores alegam ter se mantêm cargos de administração desnecessários?
Porque não hão-de os lugares da administração pública, seja no sector empresarial do estado, seja no sector administrativo propriamente dito, seja no âmbito autárquico, ser apenas em número adequado à execução dos serviços prestados?
Não seria uma função governativa fazer esse acompanhamento e adequação permanentes?
Não dá votos extinguir lugares?
Será que estes vinte por cento de dirigentes altamente remunerados são assim dispensáveis de um dia para o outro?
E, já o eram há anos atrás ou foram acrescentados com a governação actual?
Será esta a coragem que o Primeiro Ministro e seus adjuntos e seguidores alegam ter se mantêm cargos de administração desnecessários?
Porque não hão-de os lugares da administração pública, seja no sector empresarial do estado, seja no sector administrativo propriamente dito, seja no âmbito autárquico, ser apenas em número adequado à execução dos serviços prestados?
Não seria uma função governativa fazer esse acompanhamento e adequação permanentes?
Não dá votos extinguir lugares?
É a legislação que o não permite?
E agora permitirá reduzir vinte por cento?
Ou estes anúncios de redução não passam de teatro folclórico para o povo ver?
Quando não se governa mas se gastam as energias em fazer oposição, algo tem de ficar para trás.
Um dia destes, com consequências para todos, deixaremos de assistir a cenas de teatro para verificarmos que afinal é mais trágico do que parecia.
E agora permitirá reduzir vinte por cento?
Ou estes anúncios de redução não passam de teatro folclórico para o povo ver?
Quando não se governa mas se gastam as energias em fazer oposição, algo tem de ficar para trás.
Um dia destes, com consequências para todos, deixaremos de assistir a cenas de teatro para verificarmos que afinal é mais trágico do que parecia.
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