domingo, 6 de fevereiro de 2011

Não haverá …

Não haverá despedimentos na função pública …

Ao proferir esta frase socialmente polémica, não estava o Primeiro Ministro / Secretário Geral do PS, conforme entenderem, contrariamente ao que afirmou teatralizando, a querer dizer que o PSD se propõe fazê-lo, nisso tendo sido já desmentido, mas sim a criar o ambiente social necessário à implementação dessa mesma medida que o Governo Socialista já decidiu pôr em prática.

O alvoroço e inquietação que gerou tal atitude junto das centrais sindicais é exemplo disso mesmo, uma vez que quando o Primeiro Ministro se dirige aos portugueses alegando uma coisa está a pensar exactamente no oposto.

E, mais uma vez, procura de forma extraordinariamente reflectida e astuciosa fazê-lo atribuindo as culpas aos outros, transformando uma medida socialmente muito difícil numa arma de arremesso e de captação de votos fazendo manifestamente campanha politica, em oposição à oposição, quando o seu dever era governar.

E, nem o momento terá sido escolhido ao acaso. É que acaba de ser publicada legislação sobre a reorganização curricular que vai mandar para o desemprego muitos professores.

E, quanto eu saiba, os professores também ainda são funcionários públicos.

Assim, se até hoje a questão do eventual despedimento de funcionários públicos não tinha sido assumida pelo governo, passou a sê-lo com esta declaração do Secretário Geral do PS, Primeiro Ministro.
Como exemplos, Basta pensar nas portagens, nos aumentos dos impostos, ...

E, num ano em que podem vir a ocorrer eleições legislativas, Sócrates prepara-se para se recandidatar a novo mandato, fazendo exactamente o que tem demonstrado fazer, aquilo que diz não fazer.

Lembram-se de quando se debateu a questão da limitação de mandatos dos presidentes de autarquias e de governos regionais se perguntou porque é que não se limitava o número de mandatos do primeiro ministro?

A afirmação foi do actual Primeiro Ministro no sentido de que não passaria pela cabeça de ninguém candidatar-se a mais do que dois mandatos à frente do governo nacional.

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