Gostava de passar um verão sem falar de incêndios florestais.
Mas, parece ser cada vez mais apenas um sonho. As temperaturas aquecem e aí vêm as chamas quimando matos, florestas, pastos e habitações.
Parece que já nada escapa.
Tarefa que ontem era de todos, com o sino da aldeia a rebate, hoje criou-se a ideia de que passou a estar atribuída a apenas alguns equipados com meios técnicos capazes de superarem a simples força do braço humano.
No entanto, aquilo que há dezenas de anos era combatível com enxadas, alguma água e uns ramos verdes, hoje nem grandes tanques de água móveis com fortes jactos, ou até mesmo densas descargas de aviões conseguem apagar esses enormes fornos a céu aberto.
É comum ouvir dizer-se que “ninguém limpa nada”, e até concordamos, acabando mesmo por dizer que isso é verdade.
Mas será possível à nossa sociedade, tal como ela hoje se apresenta, levando em conta a média de idades daqueles que ainda residem no interior do país, assim como ao seu número, fazer face à crescente densidade de material combustível que existe por todo o lado?
Hoje já não arde apenas mato e floresta. Ardem campos de cultura, ardem simples ervas que vão crescendo nas bermas dos caminhos. Tudo o que é verde também arde.
Será possível, apesar das leis e leis que são publicadas sucessivamente (parecendo até por vezes que o legislador crê que o fogo tem medo das leis), continuar a pensar que a nossa floresta tem de continuar a ser predominantemente pinheiro e eucalipto?
Desde há vários anos que vou defendendo que se acabe com o pinheiro e o eucalipto. Sei também que muita gente não concorda, designadamente quem trabalha com esses produtos.
Mas, como é evidente, não se deseja ver o nosso território despovoado de árvores. Creio é que se torna urgente substituir este tipo de árvores por outras que não ardam com tanta facilidade e que simultaneamente sejam capazes de evitar o crescimento do mato à sua volta.
E isto não creio que seja sonhar. É preciso, sim, investigar e adaptar as plantações em conformidade com as condições climatéricas em vez de pensar que esta questão é meramente cíclica e que para o ano que vem já não vai acontecer.
A floresta e a sua gestão precisam de ser repensadas sob pena de nada valer todo o trabalho e esforços despendidos anualmente, primeiro em trabalhos de prevenção e depois em trabalhos de combate.
Mas, parece ser cada vez mais apenas um sonho. As temperaturas aquecem e aí vêm as chamas quimando matos, florestas, pastos e habitações.
Parece que já nada escapa.
Tarefa que ontem era de todos, com o sino da aldeia a rebate, hoje criou-se a ideia de que passou a estar atribuída a apenas alguns equipados com meios técnicos capazes de superarem a simples força do braço humano.
No entanto, aquilo que há dezenas de anos era combatível com enxadas, alguma água e uns ramos verdes, hoje nem grandes tanques de água móveis com fortes jactos, ou até mesmo densas descargas de aviões conseguem apagar esses enormes fornos a céu aberto.
É comum ouvir dizer-se que “ninguém limpa nada”, e até concordamos, acabando mesmo por dizer que isso é verdade.
Mas será possível à nossa sociedade, tal como ela hoje se apresenta, levando em conta a média de idades daqueles que ainda residem no interior do país, assim como ao seu número, fazer face à crescente densidade de material combustível que existe por todo o lado?
Hoje já não arde apenas mato e floresta. Ardem campos de cultura, ardem simples ervas que vão crescendo nas bermas dos caminhos. Tudo o que é verde também arde.
Será possível, apesar das leis e leis que são publicadas sucessivamente (parecendo até por vezes que o legislador crê que o fogo tem medo das leis), continuar a pensar que a nossa floresta tem de continuar a ser predominantemente pinheiro e eucalipto?
Desde há vários anos que vou defendendo que se acabe com o pinheiro e o eucalipto. Sei também que muita gente não concorda, designadamente quem trabalha com esses produtos.
Mas, como é evidente, não se deseja ver o nosso território despovoado de árvores. Creio é que se torna urgente substituir este tipo de árvores por outras que não ardam com tanta facilidade e que simultaneamente sejam capazes de evitar o crescimento do mato à sua volta.
E isto não creio que seja sonhar. É preciso, sim, investigar e adaptar as plantações em conformidade com as condições climatéricas em vez de pensar que esta questão é meramente cíclica e que para o ano que vem já não vai acontecer.
A floresta e a sua gestão precisam de ser repensadas sob pena de nada valer todo o trabalho e esforços despendidos anualmente, primeiro em trabalhos de prevenção e depois em trabalhos de combate.
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