segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mostra Castro Daire

Sendo mostra a exposição de alguma coisa, a Mostra Castro Daire, à semelhança das demais suas vizinhas, nasceu tendo em vista fazer uma exposição das diversas actividades económicas empresariais, artesanais e outras desenvolvidas na localidade a fim de as dar a conhecer, quer aos que aqui residem, quer aos que, sendo embora naturais de cá, só em período de férias por aqui passam alguns dias.

A par dessa exposição, foram sempre oferecidos aos visitantes momentos de animação mais atractivos com a actuação de grupos musicais, designadamente de música tradicional e folclore através da actuação dos diversos Ranchos de Folclore locais.

Este ano, além da parte de animação, a mostra propriamente dita, foi a mais pobre de todas.

Na verdade, por desânimo, desinteresse, desincentivo, desadaptação, ou outras razões, este tipo de iniciativas tem vindo a merecer cada vez menos adesão por parte dos empresários e a Mostra Castro Daire é cada vez menos exposição, limitando-se na prática a um espaço de divertimento e animação de verão no jardim da Vila.

Continuar a chamar mostra a esta iniciativa é, seguramente, dar uma imagem errada do concelho, passando a ideia aos visitantes da falta de actividades cá desenvolvidas, o que, apesar de tudo, não será igualmente justo, mesmo que tal facto resulte da não adesão por parte dos empresários.

Animação é sempre animação. Motivos de convívio são diversos e tanto mais ricos quanto mais diversificados.

E, a iniciativa e organização desses momentos não terão de ser sempre da autarquia. Exemplo disso, a meu ver, foi a noite destinada ao desfile dos vestidos de chita, cujo brilho dispensaria, de todo, introduções paternalistas numa resenha histórica sempre repetitiva.

Haja imaginação, vire-se do avesso a calça rota, encha-se de espigas o espigueiro que o presunto será bom.

Sem comentários:

Enviar um comentário