segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Assembleia Municipal


Hoje, 2 de Setembro de 2013, realizou-se a última sessão ordinária da Assembleia Municipal de Castro Daire referente a este mandato autárquico que está prestes a terminar.

Como pontos relevantes da ordem de trabalhos constavam a afixação das taxas de IMI para o ano de 2014, o conhecimento do relatório da Inspeção Geral de Finanças sobre o controlo do endividamento Municipal e a contratação de mais dois assistentes operacionais como auxiliares de educação.

E, sendo assuntos, aparentemente, de pouca discussão, tendo as taxas de IMI propostas sido aprovadas por unanimidade, tanto mais por se manterem nos mínimos legais, eis que o insólito acontece uma vez mais nesta Assembleia:

O ponto 2.2 da ordem de trabalhos - conhecimento do relatório da Inspeção Geral de Finanças, segundo o Presidente da Mesa da Assembleia, dava-se por cumprido ao ser enviado um único exemplar à Mesa a que ele presidia, sem qualquer divulgação do conteúdo do mesmo aos demais elementos da Assembleia!!!

Contestada a ideia, eis que depois de todos pedirem cópia desse relatório, surge uma outra digna de nota por parte do Presidente da Mesa da Assembleia: Quem quisesse uma cópia do dito relatório, devia pagar o custo do envio!!!!!!

Ora, para ser cumprida uma obrigação legal, o membro da Assembleia passou a estar sujeito ao pagamento dos papeis que lhe fossem enviados no cumprimento do dever de informação por parte do Executivo Municipal aos membros daquele Órgão!!!

É, sem dúvida, inédito, certamente uma preciosidade neste concelho democraticamente avançado!

Terminando assim este mandato daquele órgão municipal da forma como começou: Com violação manifesta, repetidamente, das regras regimentais, onde quem mandava não eram os elementos constituintes do órgão, e designadamente a respetiva Mesa, mas sim o Presidente da autarquia como se a Assembleia Municipal lhe devesse obediência.

Várias foram as vezes em que membros da assembleia foram mal tratados nas intervenções do Presidente do executivo. Nunca se ouviu uma palavra por parte do Presidente da Mesa advertindo para que isso não acontecesse.

Costuma dizer-se que as palavras ficam com quem as diz. Mas neste caso até as atas não transcreviam tudo para que nem tudo o que era dito fosse amanhã lembrado.

De facto, em vinte anos de integração deste órgão, este mandato foi, sem qualquer dúvida, o menos dignificante para o mesmo.

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