Depois de tantas vezes
dizer ser errado este caminho de austeridade seguido pelo atual
governo, esperava eu que o o líder do PS, chegado ao governo
invertesse a marcha.
Mas, eis que não.
Eis que, afinal, diz que
na eventualidade de chegar em breve ao Governo, não poderá prometer
que irá baixar a carga fiscal, designadamente ao nível do IRS!
E, logo a seguir, diz que
quando se tornar primeiro ministro irá surpreender os portugueses...
Bem. Para mim nem precisa
de se esperar que chegue a primeiro ministro, porque já me
surpreendeu o suficiente para não voltar a ter surpresas suas.
Na verdade, qual é
afinal o seu caminho alternativo que vem reclamando desde que assumiu
as funções de Secretário Geral do PS?
Sabemos que apesar de
reclamar um caminho alternativo nunca o identificou no mapa nem o
expôs em qualquer lugar público que pudesse permitir o seu
conhecimento por parte dos portugueses.
Sabemos do desagrado dos
portugueses quanto às medidas graves que estão a ser tomadas por
este governo e das dificuldades por que estão a passar.
Seria legítimo esperar,
como certamente esperaria o jornalista que entrevistou António José
Seguro, que à pergunta sobre a continuação desta espiral de subida
de impostos, fosse direta a resposta no sentido da redução da carga
fiscal que atualmente vigora, mérito das medidas alternativas que
iria implementar.
Mas, não: As medidas
alternativas estão ainda no viveiro das ideias.
Assim sendo, é,
naturalmente, caso para perguntar porque razão votou o PS contra
este "enorme" aumento de impostos, contra o orçamento de
estado e pretende substituir o atual primeiro ministro?
Qual o beneficio para os
portugueses que resultará dessa substituição?
Será menos doloroso
pagar os impostos a um cobrador socialista?
Não me parece, para mal
de todos nós.
E, tendo nós até há
poucos anos atrás pensamentos governativos de quem tinha todo o
dinheiro necessário para tudo, agora parece estarmos condenados a
pensamentos governativos de quem quer cobrar em impostos todos os
rendimentos dos portugueses.
Parece que não passamos
de uma espécie de bola de ping-pong a levar pancada de
ambos os jogadores.
Para isso não precisamos
de tantos políticos, nem de tantos assessores políticos, nem de
tantos órgãos políticos.
Mas sobre esse assunto
parece que o relatório encomendado ao FMI não se pronuncia!
Esquecimento?
Ou terá sido esse tema
já objeto de acordo entre os jogadores?
Um dia destes, com estas
alternativas, ainda havemos de dar razão a quem diz que este
regime político já demonstrou o seu falhanço.
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