domingo, 20 de janeiro de 2013

A alternativa


Depois de tantas vezes dizer ser errado este caminho de austeridade seguido pelo atual governo, esperava eu que o o líder do PS, chegado ao governo invertesse a marcha.

Mas, eis que não.

Eis que, afinal, diz que na eventualidade de chegar em breve ao Governo, não poderá prometer que irá baixar a carga fiscal, designadamente ao nível do IRS!

E, logo a seguir, diz que quando se tornar primeiro ministro irá surpreender os portugueses...

Bem. Para mim nem precisa de se esperar que chegue a primeiro ministro, porque já me surpreendeu o suficiente para não voltar a ter surpresas suas.

Na verdade, qual é afinal o seu caminho alternativo que vem reclamando desde que assumiu as funções de Secretário Geral do PS?

Sabemos que apesar de reclamar um caminho alternativo nunca o identificou no mapa nem o expôs em qualquer lugar público que pudesse permitir o seu conhecimento por parte dos portugueses.

Sabemos do desagrado dos portugueses quanto às medidas graves que estão a ser tomadas por este governo e das dificuldades por que estão a passar.

Seria legítimo esperar, como certamente esperaria o jornalista que entrevistou António José Seguro, que à pergunta sobre a continuação desta espiral de subida de impostos, fosse direta a resposta no sentido da redução da carga fiscal que atualmente vigora, mérito das medidas alternativas que iria implementar.

Mas, não: As medidas alternativas estão ainda no viveiro das ideias.

Assim sendo, é, naturalmente, caso para perguntar porque razão votou o PS contra este "enorme" aumento de impostos, contra o orçamento de estado e pretende substituir o atual primeiro ministro?

Qual o beneficio para os portugueses que resultará dessa substituição?

Será menos doloroso pagar os impostos a um cobrador socialista?

Não me parece, para mal de todos nós.

E, tendo nós até há poucos anos atrás pensamentos governativos de quem tinha todo o dinheiro necessário para tudo, agora parece estarmos condenados a pensamentos governativos de quem quer cobrar em impostos todos os rendimentos dos portugueses.

Parece que não passamos de uma espécie de bola de ping-pong a levar pancada de ambos os jogadores.

Para isso não precisamos de tantos políticos, nem de tantos assessores políticos, nem de tantos órgãos políticos.

Mas sobre esse assunto parece que o relatório encomendado ao FMI não se pronuncia!

Esquecimento?

Ou terá sido esse tema já objeto de acordo entre os jogadores?

Um dia destes, com estas alternativas, ainda havemos de dar razão a quem diz que este regime político já demonstrou o seu falhanço.

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