Reorganização administrativa
Apesar das diversas tentativas por
parte da Mesa da Assembleia Municipal de Castro Daire no sentido de
ser aprovada uma solução de reorganização das freguesias do
município assente em propostas vindas das assembleias de freguesia,
a verdade é que, por falta dessas propostas a Assembleia Municipal
do passado dia 10/8/2012 também não aprovou qualquer solução.
E, não dizendo nem ser contra nem a
favor, remeteu-se a eventual reorganização final para uma comissão
técnica sediada em Lisboa, a qual, embora facilmente verifique os
limites e as vizinhanças das actuais freguesias, certamente não
saberá as tendências que, numa situação de agregação, as
respectivas populações prefeririam, e muito menos as razões dessas
preferências.
É caso para se dizer que "tanto
se é preso por ter cão como por não ter".
Independentemente de se gostar ou não
deste objectivo de reorganização administrativa, se o Governo
tivesse imposto desde o início uma solução de agregação sem
consulta, todos diriam que era uma reorganização feita a "régua
e esquadro", que deveria ter começado pela base dando a
oportunidade às populações de escolherem com quem preferiam
constituir nova freguesia.
No caso concreto, porque o governo deu
essa oportunidade aos municípios e muito concretamente às próprias
assembleias de freguesia, estas (o que aconteceu em muitos
municípios), ou a maioria dos respectivos eleitos, disseram que não
estavam para ser os "coveiros" da sua freguesia e que se o
Governo quer acabar com freguesias, então que o faça ele próprio.
Creio que esta atitude só pode ter
alguma explicação no sentimento de que esta pretendida reforma não
irá avante e que, se nada decidirem, nada será decidido,
mantendo-se por enquanto tal como estão.
A ver vamos.
O certo é que, se vier a
concretizar-se, esta reforma poderá traduzir-se em soluções
indesejadas para as populações, mas sobre as quais não terão
apresentado, podendo-o ter feito, soluções alternativas.
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