domingo, 26 de junho de 2011

Nova Esperança


Após um período de governação marcado por um estilo de crispação e achincalhamento, parece, de facto, ter iniciado um período de governação tendo por base a cortesia, o respeito, a tranquilidade e a previsibilidade que tais funções exigem.

E, com o fim da anterior governação, espera-se uma mudança de estratégia nacional que passe pela efectiva promoção da produção, do crescimento económico e do emprego, em vez da preferência pela subsídio-dependência, da aceitação do absentismo, das regalias sem deveres.

È comum ente nós dizer-se que não há emprego, que não surgem oportunidades e que as empresas fecham cada vez mais. E é verdade.

Mas não deixa de ser verdade também que nem todos procuram trabalho. Porque trabalho neste pequeno país há muito.

E preciso será cultivar de novo a mentalidade de que o rendimento provém do trabalho e não do absentismo.

Não é legítimo nem pode ser legal que uma família de trabalhadores receba no final do mês um rendimento inferior a uma família de absentistas que por qualquer tipo de estratégia conseguem no final do mês obter subsídios em montantes superiores aos rendimentos que receberiam se estivessem a trabalhar.

E já sabemos onde esta politica de distribuir sem produzir nos leva.

Aliás, só quem não quis saber dos resultados insistiu nessa politica tantos anos, recorrendo sistematicamente ao estrangeiro, às poupanças daqueles que pensavam primeiro em produzir e só depois  em gastar, amealhando assim valor que puderam ir emprestando a países como o nosso.

Por isso, creio ter chegado o momento para reflectir neste tipo de organização sócio-politica que nos levou a este precipício colectivo.

Há que ponderar nos investimentos públicos a fazer, na actual organização administrativa e seus custos, nos mecanismos de apoio à actividade económica privada e na redução das despesas improdutivas estatais que absorvem todos os impostos que dia a dia pagamos em qualquer tipo de acção que façamos.

E esta atitude de prudência deverá ser regra do Governo, mas não só. Deverá ser igualmente regra das autarquias e de todas as demais entidades públicas, sejam elas empresas, institutos ou como tais.

Por isso, estou convencido que nesta fase da vida colectiva as despesas a fazer pelas entidades públicas deverão ter por base a sua capacidade financeira e não a capacidade do banco em emprestar dinheiro a essas entidades.

Continuar a pedir dinheiro emprestado a juros elevadíssimos para fazer obras que embora úteis não serão indispensáveis, será continuar no rumo anterior sem o mínimo de sensibilidade para com as dificuldades colectivas que o país atravessa.  

Por isso, espero que esta Nova Esperança introduza regras que contribuam para estabelecer a regular saúde financeira de todas as instituições.

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