domingo, 12 de junho de 2011

Depois… do adeus


Se o resultado eleitoral de 5 de Junho foi admiração para muitos, como alguns deles acabaram por dizer, creio que só o “clubismo” partidário terá evitado maior transferência de votos.

Outro resultado, fosse ele de “empate técnico”, ou de vitória do PS é que mal se perceberia perante o descontentamento gerado pelo governo liderado pelo primeiro ministro que se demitiu numa atitude pensada de através da mesma culpar terceiros pelos seus repetidos erros de governação.

Como costumo dizer, o país não precisa de folclore. Precisa, sim, daqueles que apesar de saberem e gostarem de folclore se disponham a trabalhar e a trabalhar com verdade.

Este resultado eleitoral, a meu ver, demonstrou que a população portuguesa, independentemente dos seus gostos “clubísticos”, soube dar uma resposta de mudança capaz de permitir outro rumo ao país, notando também o cansaço do estilo de arrogância e picardia característico destes últimos 6 anos.  

O resultado em Castro Daire não deixa de se integrar na lógica que sobressaíu a nível nacional.

Nesta perspectiva, creio não ser admiração que o Bloco de Esquerda tenha perdido metade dos seus deputados. Em verdade tinha-os ganho num outro cenário em que muitos eleitores, apesar de não serem simpatizantes do Bloco de Esquerda, também não se reviam já no então candidato a primeiro ministro pelo PS, nem tão pouco se reviam na candidata a primeiro ministro apresentada pelo PSD e que fora a Drª Manuela Ferreira Leite.

Além disso, o aumento do número de deputados por parte do Bloco de Esquerda, e quem não se lembra do discurso de Francisco Louçã na noite das eleições de 2009, fê-lo perder o pé da realidade fazendo-o pensar que afinal o país estava à sua espera como o novo redentor.

Contudo, a prática demonstrada pela liderança daquele partido, apesar da maior representatividade no Parlamento, foi no sentido de um cada vez maior radicalismo que, estou certo, caso não seja invertido, fará reduzir ainda mais a sua representação.

Assim, do novo primeiro ministro espera-se muito de diferente do seu antecessor. No estilo, nas ideias e sua concretização, no comportamento, na capacidade de motivação dos portugueses, etc.

Porque a tarefa é árdua, precisará de colaboração e de compreensão por parte dos demais responsáveis políticos e dos portugueses em geral.

Esperamos que a tenha e que lhe saiba corresponder.

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