domingo, 10 de abril de 2011

Folclore eleitoral

Folclore? Ou Fado?

Música triste é.

Mas continuará o povo a contentar-se com esta música já conhecida que nos foi repetidamente apresentada ao longo destes últimos seis anos?

Continuará o povo a gostar de ouvir semelhantes papagaios que já não têm nada de novo a apresentar aos mais desesperados que não têm dinheiro para pagar o bilhete de autocarro para ir assistir à festa?

Convencerá este som o ouvido de quem já não tem dinheiro para pagar medicamentos e os bens essenciais para a sobrevivência do dia a dia?

Não sei se é só descaramento de atitude, se desprezo por todo o “zé povinho”.

Mas, que é triste elevar a mentira a principio geral orientador da governação, isso é, não tenho duvidas de que é.

Por isso, neste momento pré-eleitoral, poderei dizer ter dúvidas em quem vou votar, mas tenho a certeza em quem não votarei.

Neste país em que parece que tudo depende da falta de leis, em que tanto se legisla, se revoga, se altera, se volta a alterar, ainda não vi ninguém propor que passasse a constar da Constituição da República uma regra segundo a qual a falta de verdade nas declarações sobre as condições de governabilidade do país e os objectivos da governação seria motivo de perda de mandato e impedimento de ocupação de cargos públicos.

Creio que já é tempo de trazermos seriedade e dignidade às funções de governação.
O carnaval não dura sempre nem é modo de vida sustentável.

Contudo, porque o povo é “quem mais ordena”, esperamos que os candidatos digam tudo o que querem fazer e o povo venha a saber ordenar, escolhendo em conformidade com o que acharem mais razoável.  

Uma coisa é certa. Não vale a pena continuarem a dizer que se deixaram enganar, porque à terceira só cai quem quer caír.

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