quinta-feira, 7 de abril de 2011

Um fim anunciado

Porque já estamos habituados a que um primeiro ministro quando diz não quer dizer sim, já nada nos pode espantar no âmbito das medidas a adoptar pela classe politica que elegemos.

A propaganda foi tanta que a população portuguesa já está resignada e parece até disposta, senão a pedir desculpa, a perdoar, quem a dirigiu nestes últimos anos ao precipício onde se encontra!

É, realmente, notável, como consegue este governo fazer passar a mensagem de que, apesar de ser ele a governar, não foi ele o responsável pela condução dos destinos do país nestes últimos seis anos!

Enfim. Palavras para quê.

Mas terá a sociedade portuguesa capacidade para se unir em torno das melhores ideias e fazê-las vingar de forma a mudar o rumo económico e financeiro do país?

Será possível continuar a acreditar que é bom para a economia nacional pagar para não produzir e subsidiar o absentismo?

Temos sido inundados de afirmações de vitimização, como se quem está no poder não soubesse, melhor do que nós, as reais incapacidades do país para se livrar deste desfecho.

Contudo, não temos ouvido os responsáveis políticos discutirem os caminhos possíveis e necessários para redireccionar as linhas estratégicas da nossa economia, as medidas que serão capazes de, a curto ou médio prazo, devolverem à nossa economia capacidade de produção e de expansão.

Preferem o mesmo de sempre: A agressão verbal sobre os outros como forma de manutenção no poder, único lugar capaz de garantir os “jobs” a todos os amigos, independentemente dos sacrifícios que exijam à população em geral.

Ainda gostaria de um dia destes ver responsabilizado em termos penais comportamentos de gestão politica manifestamente contrários aos princípios de uma gestão correcta da coisa pública.

Não seria democrático, diriam logo em coro!

Mas será esta forma de governar a melhor?

E sendo este o desfecho nacional, quais serão as consequências a nivel regional e local?

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