quarta-feira, 23 de março de 2011

Sem brilho nem glória

Após uma jogada calculada milimetricamente, assim creio, atribuindo a culpa ao seu maior rival, sai crispado, sua imagem de marca, mas sem brilho nem glória, com o voto unânime da oposição contra esta governação.

E, como foi insistentemente afirmado pelos que agora estão demissionários, quando o PS é governo, ir a eleições a meio do mandato é uma catástrofe nacional. É sinal de perigo de soberania, invasão estrangeira, irresponsabilidade da oposição e de todos os demais órgãos de soberania. Sem dúvida, inimaginável!

Quando o PSD está no governo, ir a eleições a meio do mandato é, para os mesmos, um alívio, um imperativo nacional, uma oportunidade, um acto de louvor.

No entanto, quem conduziu o país a esta situação de crise nacional foi tão só o PS que governa desde há cerca de seis anos consecutivos.

Será caso para dizer que Sócrates e os seus ministros conduziram à crise cujo papão agora invocam em cada frase que verbalizam como forma de intimidar a população e demais agentes políticos a não querer fazer mexidas sob pena de agravamento da crise.

Mas, de crise estamos nós todos fartos de ouvir falar e de sentir, continuadamente, ano após ano, desde o período dos cofres ainda bem guarnecidos e esbanjados durante o governo do Eng. Guterres até hoje.

Creio que a pergunta que verdadeiramente deve ser feita é: Porque é que mesmo obrigando a população a sacrifícios enormes, com medidas que fazem aumentar o desemprego e diminuir os rendimentos das famílias, os políticos que conduziram o país à crise se agarram ao poder com toda a força e defesas que conseguem encontrar alegando, em desespero de causa, que só eles podem evitar o caos?

Não se terão ainda dado conta de que no caos já colocaram o país?

Precisará este país, além da crise, de todo o ambiente de crispação que este governo e partido que o sustenta alimentam no dia a dia tanto no seio dos órgãos de soberania como com a população em geral?

Se isto é democracia, algo de diferente terá de ser pensado, criado e posto em prática.

Certamente que esta crise não é só económica e financeira.

Uma sociedade não viverá de forma saudável se se alimentar apenas de números, de contas, de percentagens, de estatísticas, abandonando por completo os deveres de respeito, lealdade, assistência e confiança.

Apresente-se a eleições quem for capaz de dar alguma coisa aos portugueses e não só quem quiser tirar tudo o que puder aos portugueses.

1 comentário:

  1. Não lhe quero tirar a razão mas, esta crise é um acumular de erros cometidos há 25 anos a esta parte, onde o actual Presidente da Republica também tem a sua responsabilidade.
    Cumprimentos M Ferreira.

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