segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Em fim de verão

Aproxima-se o fim do verão, terminam as “reentres” politicas e, apagados alguns fogos reais devastadores do nosso património florestal, parece que se reacendem outros, mais políticos, mas também reais, mas com consequências diferentes e igualmente difíceis de apagar.

A verdade é que, assistimos no dia a dia a implementação de aumento de custos dos serviços públicos e dos bens fornecidos com aplicação de impostos específicos incidentes sobre a transacção dos mesmos.

Refiro-me, por exemplo, aos custos dos serviços de registo, em que o principio do quanto mais simples mais barato (alegadamente um princípio fundador do simplex) passou a ser quanto mais simples mais caro, assim como ao imposto petrolífero.

Contudo, do outro lado, da despesa, de acordo com algumas fontes, parece que o valor é tão alto que já nem os impostos cobrem o valor do custo com o pessoal!

Há uns tempos atrás, quando o problema do endividamento externo da Grécia foi o palco principal europeu, algumas vozes se levantaram no sentido daquele país vender algum espaço territorial ou alguns monumentos!

Que virão um dia proclamar essas vozes sobre este pequeno país que apesar de no discurso de quem está no poder ser de rosa florida, mesmo ainda antes do botão abrir, se a geadas que agora é habito fazerem-se sentir em grande parte do país queimarem todos esses botões de rosa?

Já sabemos que a prática vai ser impressionar com as inaugurações de qualquer coisa, demonstrando acção, obra, realização, progresso!

Mas haverá mesmo algo de importante para inaugurar neste país?

Uma nova politica florestal que seja capaz de prevenir em vez de remediar?
Uma nova politica agrícola que faça com que as pessoas sintam vontade de investir na agricultura?
Uma politica comercial capaz de promover o consumo dos produtos portugueses?
Uma politica de incentivo à criação de emprego e auto emprego?

Ou restar-nos-á ficar a ver tudo o que é nosso acabar abandonado até que algum estrangeiro faça renascer flores em terra inculta?

Para quem se lembra do ditado popular sobre a vizinha Espanha, parece que Lisboa (Teatro do Poder) está a tomar-lhe o lugar.

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