domingo, 12 de setembro de 2010

Contradições?

Num país onde pontificou com esta governação a ASAE para controlar até aos pormenores mais dispensáveis em qualquer actividade económica, mais parecendo a sua criação ter tido em vista impedir que os agentes económicos nacionais produzissem do que promover a melhor produção, eis que temos o nosso Ministro das Finanças a procurar dinheiro emprestado na China para pagar as despesas públicas que o Estado Português com os já elevados impostos cobrados a todos os trabalhadores e empresas não consegue pagar!

E, provavelmente estão nessas despesas os salários de todos os inspectores e outros agentes dessa nova polícia!

Aqui multa-se quem investindo por sua conta e risco não cumprir o enredo de leis e regulamentos em que se enclausurou o exercício de qualquer actividade económica, exige-se certificação de todos os passos produtivos a fim de garantir o total cumprimento desses requisitos produtivos.

Lá, segundo se diz, procura-se a produção em massa, explora-se a mão de obra, as condições de trabalho, utilizam-se práticas que cá seriam crime, etc. O objectivo único é a quantidade.

Contudo, depois, permite-se que esses produtos sejam vendidos neste país, sem exigência de qualquer certificação e pede-se ao governo ou aos agentes económicos de lá que nos emprestem dinheiro!

Consequentemente continuamos a debater na sociedade o mesmo de sempre: subida de impostos, aumento da dívida exterior adquirida à custa de juros cada vez mais altos, incapacidade de pagar com os nossos rendimentos as despesas que fazemos!

Alguém referindo-se à lógica de investimentos deste governo dizia: Outros países investiram para sair da recessão económica em que se encontravam, mas não investiram em rendimentos mínimos, na contratação de conselheiros políticos, nem em auto-estradas, mas sim em barragens para produzir energia e contrataram milhares de cidadãos para limpar e tratar das florestas.

Não digo que o país não precise de boas estradas, porque precisa, não aceito é que uma estrada com um separador de faixas seja considerada uma auto-estrada. E, não precisa, de certeza, de mais conselheiros políticos nem de manter desempregados, precisa, sim, é de lhes dar trabalho.

A Europa prepara-se para exigir um visto prévio a qualquer orçamento nacional. Não sei até quando não vai impor governantes a países cujos políticos não conseguem governar.

Porque se há-de continuar a insistir na lógica de uma politica gasta e inadequada às circunstâncias económico-financeiras e sociais do mundo actual?

Poderemos continuar assim quando os agentes económicos dos países produtores deixarem de nos emprestar dinheiro para pagar as despesas que fazemos?

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