quinta-feira, 10 de junho de 2010

10 de Junho

Dia de Portugal

Comemorar o dia de Portugal é, forçosamente, incentivar a coesão nacional. O orgulho de ser português, o relembrar a capacidades que os portugueses outrora tiveram para alcançarem importantes vitórias.

Em época de forte crise económica maior é a necessidade desse incentivo à união nacional, ao patriotismo que deve caracterizar um povo em defesa dos seus ideais e dos seus objectivos comuns.

Na verdade, se reflectirmos um pouco sobre o nosso dia a dia, parece que o espírito de identidade nacional deixou de existir dando lugar a uma constante guerra de facções, como se tivéssemos dividido o povo português em três ou quatro grupos que procuram, cada um por seu lado, sacrificar os demais.

Mais parece estarmos em campanha eleitoral diária onde o que vale é conquistar mais uns tantos apoios independentemente dos métodos utilizados para os obter, na tentativa de tornar duradoira a efémera ilusão do poder.

Creio que é tempo de mudar.

O nosso país precisa de estabilidade em torno de objectivos comuns a favor de todos e não só em proveito de alguns.

E o primeiro objectivo a fixar deveria passar pela alteração da atitude politica típica, deixando de ser genericamente maniqueísta e jactante para ser essencialmente de agregação e desempenho de serviço público por quem tivesse dado provas de ser capaz no âmbito da sua actividade profissional.

Por isso, pensar o Dia de Portugal, deveria ser pensar também as alterações necessárias que se impõem ao sistema político português.

Ora, será que precisamos de um Presidente da República eleito directamente pelo povo quando a Assembleia da República também é eleita directamente pelos mesmos eleitores?

E deverá o órgão legislativo continuar a ser constituído exclusivamente por cidadãos eleitos directamente em listas partidárias?

Porque não alterar a composição desse órgão de modo a que a legislação mais estruturante da sociedade portuguesa fosse reflectida e aprovada por outros elementos que não apenas os eleitos como deputados?

Creio que precisamos de começar a pensar mais Portugal como um objectivo comum, um país que é o nosso e para todos nós e não como um ringue que sirva apenas para uma qualquer disputa entre dois indivíduos.

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