Ao entrarmos na segunda metade do ano, aproximam-se a passos largos as eleições para a Presidência da República.
Com dois candidatos já assumidos, um, claramente, carreirista politico, outro oriundo de fora da tradicional engrenagem partidária, espera-se que o actual Presidente, à semelhança do que tem acontecido desde Ramalho Eanes, venha também a recandidatar-se, preenchendo assim, se quisermos, a outra face da moeda já cunhada por Manuel Alegre.
A concretizar-se este cenário, apesar de poderem aparecer outros candidatos relativos a algumas franjas do eleitorado, repete-se mais do mesmo, sem grandes novidades, a não ser essa corajosa candidatura de Fernando Nobre que, sem experiência na área, se lança numa jornada difícil por terrenos já de si movediços e actualmente perigosamente deslizáveis.
A pergunta que, no entanto, todos fazemos é a de saber o que pode o país vir a ganhar (ou a perder) com este acto eleitoral.
Para quem tem defendido não ser preciso ao país tantos dirigentes eleitos directamente em sufrágio directo e universal, certamente que a resposta não pode ter grande significado nem relevância.
Pode mudar-se de estilo, manter-se-ão as mesmas consequências.
Curioso é tentar perceber porque é que tendo o país tão bons “governantes”, a fazer carreira desde o 25 de Abril, surgem repetidamente notícias dando conta de que a economia do país não avança, que todos os países europeus crescem mais do que Portugal, e, apesar disso, também, repetidamente, votarmos e elegermos esses mesmos “governantes”.
Nesta ocasião de inicio de pré campanha, surge de novo o Eurostat a dizer que Portugal está pior do que a Grécia e foi já “apanhado” por Malta.
Contudo, no discurso de abertura da sua pré-campanha Manuel Alegre vem acusar o actual Presidente por ter afirmado que a situação económica portuguesa é insustentável, de nada ter feito para evitar este cenário e que fora ele, Cavaco Silva, enquanto Primeiro Ministro, até 1995,quem contribuíra para esta situação do país com os seus governos virados para as obras públicas!
Mas quando Cavaco Silva era Primeiro Ministro, Manuel Alegre já era deputado, cargo que manteve repetidamente até às últimas eleições.
E que fez Manuel Alegre enquanto deputado para evitar que esta situação económica acontecesse ao país?
Não dispunha de informação privilegiada? Não esteve a exercer funções sempre pagas directamente pelos cofres do Estado? Não lhe competia ajudar a fazer leis capazes de evitarem o descaminho que a nossa economia levou? Não foram os Governos Socialistas desde António Guterres que começaram a esbanjar dinheiro por votos?
Como recentemente defendia Pedro Oliveira, Prof. Universitário, num artigo de jornal, “dificilmente poderemos tomar decisões certas com base em informação errada ou enviesada”.
Parece-me que alguns politicos continuam a preferir dirigirem-se ao eleitorado com simples e barata demagogia em vez de darem os esclarecimentos devidos a quem os elege, receando, por certo, que informação correcta não cative votos.
Se não servir para mais nada, bem poderia a campanha politica que se avizinha servir para os políticos candidatos esclarecerem com sinceridade o que sabem sobre o real estado da situação económica do país e quais as suas ideias que julgam poder contribuir para ajudar esta máquina emperrada a funcionar a fim de permitirem também aos portugueses uma decisão esclarecida.
Com dois candidatos já assumidos, um, claramente, carreirista politico, outro oriundo de fora da tradicional engrenagem partidária, espera-se que o actual Presidente, à semelhança do que tem acontecido desde Ramalho Eanes, venha também a recandidatar-se, preenchendo assim, se quisermos, a outra face da moeda já cunhada por Manuel Alegre.
A concretizar-se este cenário, apesar de poderem aparecer outros candidatos relativos a algumas franjas do eleitorado, repete-se mais do mesmo, sem grandes novidades, a não ser essa corajosa candidatura de Fernando Nobre que, sem experiência na área, se lança numa jornada difícil por terrenos já de si movediços e actualmente perigosamente deslizáveis.
A pergunta que, no entanto, todos fazemos é a de saber o que pode o país vir a ganhar (ou a perder) com este acto eleitoral.
Para quem tem defendido não ser preciso ao país tantos dirigentes eleitos directamente em sufrágio directo e universal, certamente que a resposta não pode ter grande significado nem relevância.
Pode mudar-se de estilo, manter-se-ão as mesmas consequências.
Curioso é tentar perceber porque é que tendo o país tão bons “governantes”, a fazer carreira desde o 25 de Abril, surgem repetidamente notícias dando conta de que a economia do país não avança, que todos os países europeus crescem mais do que Portugal, e, apesar disso, também, repetidamente, votarmos e elegermos esses mesmos “governantes”.
Nesta ocasião de inicio de pré campanha, surge de novo o Eurostat a dizer que Portugal está pior do que a Grécia e foi já “apanhado” por Malta.
Contudo, no discurso de abertura da sua pré-campanha Manuel Alegre vem acusar o actual Presidente por ter afirmado que a situação económica portuguesa é insustentável, de nada ter feito para evitar este cenário e que fora ele, Cavaco Silva, enquanto Primeiro Ministro, até 1995,quem contribuíra para esta situação do país com os seus governos virados para as obras públicas!
Mas quando Cavaco Silva era Primeiro Ministro, Manuel Alegre já era deputado, cargo que manteve repetidamente até às últimas eleições.
E que fez Manuel Alegre enquanto deputado para evitar que esta situação económica acontecesse ao país?
Não dispunha de informação privilegiada? Não esteve a exercer funções sempre pagas directamente pelos cofres do Estado? Não lhe competia ajudar a fazer leis capazes de evitarem o descaminho que a nossa economia levou? Não foram os Governos Socialistas desde António Guterres que começaram a esbanjar dinheiro por votos?
Como recentemente defendia Pedro Oliveira, Prof. Universitário, num artigo de jornal, “dificilmente poderemos tomar decisões certas com base em informação errada ou enviesada”.
Parece-me que alguns politicos continuam a preferir dirigirem-se ao eleitorado com simples e barata demagogia em vez de darem os esclarecimentos devidos a quem os elege, receando, por certo, que informação correcta não cative votos.
Se não servir para mais nada, bem poderia a campanha politica que se avizinha servir para os políticos candidatos esclarecerem com sinceridade o que sabem sobre o real estado da situação económica do país e quais as suas ideias que julgam poder contribuir para ajudar esta máquina emperrada a funcionar a fim de permitirem também aos portugueses uma decisão esclarecida.