quinta-feira, 8 de agosto de 2013

E se os slogans governassem?


Nas campanhas publicitárias não há produtos maus. Todos cumprem da melhor forma o objetivo pretendido com o seu consumo.

Nas campanhas políticas não se vêem candidatos que não sejam trabalhadores, sérios, honestos, praticantes do rigor, dedicados à causa pública, enfim, democratas sem mácula!

Ora, a ser verdade tudo isso, teria-mos estado a ser governados pelos melhores, por gente séria, intelectualmente capaz de evitar ser ludibriada pelos diversos lobbies e de praticar actos completamente desastrosos para a nossa economia e, consequentemente, para a vida de cada um de nós.

No entanto, estamos onde estamos. Na banca rota, a pedir aos estrangeiros que nos permitam sobreviver, que esperem que um dia pagaremos o que já pedimos e que, por favor, mesmo a juros altos, nos empestem mais dinheiro.

Se naqueles cartazes se dissesse alguma verdade estaria-mos a ser governados por democratas que após eleitos escolheriam para os cargos públicos os mais competentes e não os familiares, os amigos e os que os ajudaram a angariar os votos com que foram eleitos.

Será que ainda alguém olha para os cartazes de propaganda política admitindo que os slogans aí espelhados possam caracterizar qualquer candidato?

Ou, o mais natural será quem lê ficar com a impressão de que quem se auto intitula possuidor de certas capacidades o faz exatamente para ver se engana alguém?

E, neste modo de fazer política, todos acabarão por ser classificados pela mesma tabela de valores.

Fique-nos a esperança de que um dia algum político faça justiça aos propósitos que o levam a candidatar-se e ao que publicite como o guião do seu mandato.

E, ganhe-se a consciência cívica para exigir que um programa eleitoral seja mesmo para cumprir, sob pena do seu incumprimento ser motivo de perda de mandato.

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