Nas campanhas
publicitárias não há produtos maus. Todos cumprem da melhor forma
o objetivo pretendido com o seu consumo.
Nas campanhas políticas
não se vêem candidatos que não sejam trabalhadores, sérios,
honestos, praticantes do rigor, dedicados à causa pública, enfim,
democratas sem mácula!
Ora, a ser verdade tudo
isso, teria-mos estado a ser governados pelos melhores, por gente
séria, intelectualmente capaz de evitar ser ludibriada pelos
diversos lobbies e de praticar actos completamente desastrosos para a
nossa economia e, consequentemente, para a vida de cada um de nós.
No entanto, estamos onde
estamos. Na banca rota, a pedir aos estrangeiros que nos permitam
sobreviver, que esperem que um dia pagaremos o que já pedimos e que,
por favor, mesmo a juros altos, nos empestem mais dinheiro.
Se naqueles cartazes se
dissesse alguma verdade estaria-mos a ser governados por democratas
que após eleitos escolheriam para os cargos públicos os mais
competentes e não os familiares, os amigos e os que os ajudaram a
angariar os votos com que foram eleitos.
Será que ainda alguém
olha para os cartazes de propaganda política admitindo que os
slogans aí espelhados possam caracterizar qualquer candidato?
Ou, o mais natural será
quem lê ficar com a impressão de que quem se auto intitula
possuidor de certas capacidades o faz exatamente para ver se engana
alguém?
E, neste modo de fazer
política, todos acabarão por ser classificados pela mesma tabela
de valores.
Fique-nos a esperança de
que um dia algum político faça justiça aos propósitos que o levam
a candidatar-se e ao que publicite como o guião do seu mandato.
E, ganhe-se a consciência
cívica para exigir que um programa eleitoral seja mesmo para
cumprir, sob pena do seu incumprimento ser motivo de perda de
mandato.
Sem comentários:
Enviar um comentário