sábado, 22 de junho de 2013

Assembleia Municipal de Junho



Nesta que foi a penúltima assembleia municipal deste mandato, no dia 21 do corrente mês, foram objeto de discussão e aprovação três novos regulamentos e mais umas taxas a cobrar pela autarquia.

Isto é: o Regulamento municipal sobre o acesso e exercício de atividades diversas, o regulamento municipal do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, e o regulamento municipal de estabelecimentos de alojamento local, assim como algumas novas taxas que passam a ser devidas em virtude de alguns pedidos de licenciamento.

Mereceu destaque na discussão, pelo insólito dos textos apresentados, a atividade de arrumador de carros, assim como o horário de funcionamento de diversos estabelecimentos comerciais, desde bares, discotecas e cabarés, instalados ou a instalar, seja no centro urbano, em qualquer condomínio, seja nas estações ferroviárias, aéreas e marítimas do concelho, as quais poderão estar abertas desde as 6 às 4 horas da madrugada com possibilidade, ainda assim, de alargamento de horário ou restrição do mesmo!

Tudo, é claro, em função de leis habilitantes que assim ditam para o país, quer queiramos quer não.

Regulamentos estes que lá foram aprovados pela maioria, com algumas abstenções e com mais ou menos votos contra.

Regulamentos que para quem os lê mais parecem ter sido colhidos de qualquer outro texto já feito para aplicação noutro concelho, objeto daquilo que já se convencionou ser "copypaste", expressão essa que pareceu incomodar o presidente da Câmara que preferiu ripostar à dúvida suscitada alegando outras situações que, essas sim, eram para ele "copypasse".

Sem dúvida mais uma especificidade deste concelho.

É que, por falar em especificidades, neste órgão municipal, as especificidades também são de sublinhar: Temos atas que ora cortam parte das intervenções de alguns membros, ora acrescentam coisas não votadas, ora transcrevem integralmente as intervenções de cada um, ou pura e simplesmente não incluem parte das intervenções, apresentando as perguntas mas não as respostas, como se estas não tivessem sido dadas.

Aconteceu com a ata a aprovar nesta sessão relativa à reunião de Abril, na qual parte das respostas que terão sido dadas por parte do presidente da Câmara não constam do texto apresentado pela mesa para aprovação, nem qualquer explicação para o efeito.

Vim a saber que tal situação se deveu a avaria no sistema de gravação, não tendo a mesa da assembleia, presidente e dois secretários, feito qualquer esforço no sentido de ultrapassar essa falha, fosse através do recurso aos seus apontamentos, que não tiram, fosse através do recurso à sua memória ou mesmo ao pedido de alguns esclarecimentos por parte dos intervenientes.

É que, diz a lei que, além do mais, as atas ficam a cargo dos secretários da mesa, funções em virtude das quais até são mais remunerados que os demais.

Mas nesta assembleia, ou gravou ou não fica na ata, mesmo que o sistema de gravação apresente fortes sinais de mau funcionamento, como aconteceu também nesta reunião de Junho.

Quanto ao que parecia ser copypaste lá foi explicado por fim, pelo chefe de divisão que terá acompanhado os trabalhos da elaboração destes regulamentos que, afinal, eram os mesmos iguais aos de um vasto conjunto de municípios do distrito de Viseu, à exceção dos do concelho de Viseu, que, por qualquer razão que não foi esclarecida, mas até possível de adivinhar, não os aceitou.

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