Ouvindo as oposições politicas apenas se pode chegar a uma conclusão:
Os governos são sempre piores do que as oposições.
Assim, enquanto oposição, todo e qualquer partido politico, todo e qualquer grupo parlamentar, tem sempre a solução ideal para governar e resolver os problemas do país em geral e das pessoas em particular.
Mesmo quando um partido deixou de ser governo, depois de ter estado vários anos à frente da governação do país, tendo conduzido a economia nacional e as finanças públicas para o abismo, mal assenta arraiais na bancada da oposição apresenta de imediato as soluções mágicas capazes de proporcionarem melhores condições de vida às pessoas do que aquelas em que deixaram essas mesmas pessoas enquanto governantes, assim como as que os novos governantes, acabados de deixar a oposição, dizem ter para oferecer.
E, senão sempre, tem sido pelo menos a prática dos últimos anos e governos, novo governo é sinónimo de novos sacrificios gerais, mesmo que enquanto oposição tenham dito o contrário.
Então, se assim é, não precisamos de governo, bastando-nos apenas as oposições, dado que mandar um grupo parlamentar formar governo é estragar as anunciadas boas ideias e bons projectos duma oposição.
Não sei se é isto apenas um mal dos políticos deste país, se da Europa, se de todo o mundo.
Ouvindo as notícias sobre a Europa, fica-nos a ideia de que este mal não será só português.
Estando mais atento sobre o que vai por esse mundo fora, talvez possamos concluir que será mais uma daquelas normas que importamos com algum defeito, ou, quem sabe, se pensarmos na época dos descobrimentos, que talvez tenhamos ajudado a espalhar pelos quatro cantos do mundo.
Ora, se é legítimo e necessário haver oposição para que os Governos não façam tudo quanto querem e com total impunidade, necessário seria que também as oposições reconhecessem alguns limites à retórica puramente oca que diariamente produzem a fim de se credibilizarem a si próprias.
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