quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Politico Ocasional


“Não precisamos, obrigado”.

Não pude deixar de considerar surpreendente esta consideração feita sobre o actual Ministro das Finanças pelo ex Primeiro Ministro, ex Presidente da República, ex Deputado Europeu, etc, Sr Dr Mário Soares, politico profissional desde o 25 de Abril.

Segundo ele, Dr Mário Soares, o país não precisa de técnicos, ainda que bons, na gestão pública, mas sim de políticos de carreira, a tempo inteiro!

Nem mais.

O exemplo está à vista. O resultado está a sentir-se.
É caso para perguntar o que andaram a fazer ao longo destes anos após 1974 todos os políticos que fizeram carreira politica a tempo inteiro, começando por si, designadamente enquanto Chefe de Governo e como Presidente da República.

Não estará a sentir os efeitos dessa governação sucessivamente feita por políticos de carreira?

É que, enquanto alguns políticos profissionais se têm governado com as politicas seguidas no país durante estas últimas décadas, muitos portugueses, cada vez em maior número, trabalhadores, técnicos qualificados, ou não, vêem o seu esforço diário e honesto ser cada vez menos recompensado.  

Porque terão então os políticos de carreira deixado chegar o país à situação financeira e económica a que chegou?

A culpa é dos estrangeiros?

Daqueles que nos ofereceram dinheiro para acabar com a agricultura, com as pescas e com outros sectores da actividade produtiva do país?

Ou dos que, cá, aceitaram essas ofertas?

Ou terá sido por não terem capacidade para prever aquilo que qualquer família percebe venha a acontecer quando gasta mais do que recebe?

Provavelmente, permitindo-me ter opinião diferente, se o Dr Mário Soares e outros políticos de carreira tivessem sido apenas políticos ocasionais, o país poderia ter tomado outro rumo, com medidas mais sensatas e adequadas ao seu desenvolvimento económico dispensando agora, pela terceira vez, a ajuda externa em condições financeiras péssimas, após um período de distribuição de riqueza que o país não possuía, dada como incentivo ao ócio e ao  absentismo. 

E, que faria então no ministério das finanças, neste quadro financeiro e económico que o país enfrenta, um político de carreira, eventualmente, não técnico nem de finanças nem de economia, mas politico!?

Certamente que o que o país tem a mais são políticos de carreira.
Necessário é que haja coragem e capacidade de decisão por parte dos ocasionais para reduzir o número dos lugares que dão assento a tantos carreiristas.

1 comentário:

  1. Ora aqui está um bom post, mas pergunto a V.Exª, as grandes decisões em Portugal não estão na mão de um politico de carreira novamente? Neste post tocou na ferida, doi a muita gente realmente as mordomias acumuladas por todos esses politicos de carreira, são os tais direitos adquiridos, acumulam reformas e outros cargos de topo e na verdade não importa as competências individuais(tecnicos)mas sim as cores partdirárias.Aprecebemo-nos que quantos mais anos de filiação melhor para chegar aos verdadeiros lugares apteciveis.
    Entretanto porque se passou para segredo de estado as noticias das secretas?
    Estaram todos com o "rabo " preso? Claro que não, então seria injusto limitar as carreiras de pessoas super dotadas...

    ResponderEliminar