Neste desassossego caído e onde os
dirigentes deste "melhor povo do mundo" pareciam acreditar
não existir, tudo parece desenraizar-se.
A escola que se anuncia para todos será
cada vez para menos,
A saúde que se diz ser o maior bem a
preservar, descuida-se,
O emprego que todos dizem ser o motor
da economia, abate-se.
Os rendimentos de quem trabalha
confiscam-se.
Tudo isto, diz-se, é em prol da
capacidade de obtenção de condições de financiamento externo
desta nossa economia a fim de evitar que tudo o que produzimos seja
gasto em pagamento de juros aos credores externos.
Ignorância dos governantes que nos
conduziram a esta situação?
Impreparação?
Má-fé?
Condicionantes do sistema político em
vigor?
Culpa, parece ninguém ter.
E, assim, foi uma, foram duas, foram
três e mais vezes em que o espectro da banca rota bateu à porta
deste pobre país, mas sem emenda.
É caso para repensar esta forma de
organização política, senão mesmo o regime.
Suspender regras de funcionamento,
colocando-se a gerir esta frágil organização económica quem não
estiver pressionado pelo número de votos, que tenha a sensibilidade
social necessária e experiência de vida suficiente para perceber
quais os modelos económicos que se ajustam a esta realidade e quais
os que apenas a maltratam.
Talvez uma heresia para alguns,
necessidade para outros, mas experiências que outros povos, tão
democráticos quanto nós, já fizeram e estão ainda a fazer, como o
caso de Itália.
É que, com estes resultados é caso
para refletir de novo porque é que antigamente eram os mais velhos
que governavam as suas comunidades.
Pois, se necessário for, coloque-se
uma idade mínima como condição necessária para poder exercer-se
cargos políticos.
Não seria novidade alguma.
Hoje essa regra já existe para a
Presidência da República. Porque não também para os governantes e
deputados?
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