quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Um desassossego

 
Neste desassossego caído e onde os dirigentes deste "melhor povo do mundo" pareciam acreditar não existir, tudo parece desenraizar-se.
 
A escola que se anuncia para todos será cada vez para menos,
 
A saúde que se diz ser o maior bem a preservar, descuida-se,
 
O emprego que todos dizem ser o motor da economia, abate-se.
 
Os rendimentos de quem trabalha confiscam-se.
 
Tudo isto, diz-se, é em prol da capacidade de obtenção de condições de financiamento externo desta nossa economia a fim de evitar que tudo o que produzimos seja gasto em pagamento de juros aos credores externos.
 
Ignorância dos governantes que nos conduziram a esta situação?
 
Impreparação?
Má-fé?
Condicionantes do sistema político em vigor?
Culpa, parece ninguém ter.
 
E, assim, foi uma, foram duas, foram três e mais vezes em que o espectro da banca rota bateu à porta deste pobre país, mas sem emenda.
 
É caso para repensar esta forma de organização política, senão mesmo o regime.
Suspender regras de funcionamento, colocando-se a gerir esta frágil organização económica quem não estiver pressionado pelo número de votos, que tenha a sensibilidade social necessária e experiência de vida suficiente para perceber quais os modelos económicos que se ajustam a esta realidade e quais os que apenas a maltratam.
 
Talvez uma heresia para alguns, necessidade para outros, mas experiências que outros povos, tão democráticos quanto nós, já fizeram e estão ainda a fazer, como o caso de Itália.
 
É que, com estes resultados é caso para refletir de novo porque é que antigamente eram os mais velhos que governavam as suas comunidades.
 
Pois, se necessário for, coloque-se uma idade mínima como condição necessária para poder exercer-se cargos políticos.
Não seria novidade alguma.
Hoje essa regra já existe para a Presidência da República. Porque não também para os governantes e deputados?

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