domingo, 17 de outubro de 2010

E S S

O Estado Social Socialista

Com este Orçamento de Estado já se percebeu o que é o Estado Social Socialista.
Com este Partido Socialista já se percebeu o que significa a frase “não há mais aumento de impostos”.
Com este Governo Socialista já se percebeu qual é a competência de previsão e a capacidade de tomar medidas de forma atempada e acertada.

Iniciou-se este ciclo político socialista com os jobs for de boys. Criaram-se institutos públicos e desdobraram-se outros para arranjar lugares de directores e gestores amigos e da confiança politica aos quais se atribuíram remunerações fabulosas até à data de hoje e que supostamente manterão.

Instalaram a politica do despesismo fácil em desperdícios e vaidades pessoais à custa do dinheiro dos impostos de todos nós.

São festas de aniversário, são foguetes a anunciar a chegada das “entidades oficiais”, são as mudanças no interior dos gabinetes, são os carros que têm de ser novos e topo de gama das marcas mais caras a fim de transportarem todos os ocupantes desses bem reluzentes cargos.

Este país das maravilhas em que vivem algumas dezenas, senão centenas, à custa do dinheiro público dado de mão beijada pelos sucessivos governos que agora, uma vez mais, repetidamente e sem pingo de vergonha, em vez de diminuir e fazer justiça com esses ordenados dourados, exige mais de quem já pouco tem.

Será que se esses gestores e directores recebessem apenas o ordenado do primeiro ministro ou do presidente da república seria pouco?

Se se demitissem não haveria mais ninguém que desempenhasse esses cargos com igual competência e eficácia?

Então porque chegamos a este ponto se pagamos tanto a esses “cérebros” que deveriam estar ao serviço da República?

Nos últimos dias tem parecido que este governo até diz que a culpa de tudo isto é da oposição por ter comprado 2 submarinos.

Estou em crer que nem os 2 submarinos comprados serão capazes de fazer emergir este país que se abeira perigosamente do precipício e se afundará se os ventos não mudarem rapidamente.

Efectivamente, se este é o Estado Social e Previdência que os socialistas têm para nos oferecer, então dêem-nos outro em que todos trabalhem e possam sobreviver.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

5 de Outubro

Os politicos festejam

Neste dia de comemoração do centenário da República, onde os políticos em exercício tomaram o seu tempo de antena para apelarem à responsabilidade dos outros, apetece-me responder:

Se responsabilidade politica é aprovar o Orçamento de Estado para manter o estado de coisas como está, então seja-se irresponsável.

Se responsabilidade politica é agir por forma a que estas politicas incompetentes se perpetuem, e degradem cada vez mais o dia a dia de cada um, então seja-se irresponsável.

Se responsabilidade politica é permitir que alguns gestores de empresas públicas que dão prejuízos pagos por todos nós recebam mensalmente cerca de meio milhão de euros de ordenado e noutras que apesar de não darem prejuízo permitem ordenados mensais de várias centenas de milhar de euros, enquanto a maioria do povo trabalhador recebe ordenado mínimo e outra grande parte da população nem trabalho tem, então seja-se irresponsável.

Se responsabilidade politica é gerir a saúde pública em termos de quem quiser ser atendido vá ao privado porque no sector público os médicos não têm tempo, então seja-se irresponsável.

Se responsabilidade politica é garantir lugares por critérios de familiaridade ou fidelidade partidária, então seja-se irresponsável.

Creio que este centenário merecia outro cenário económico e social da nação.

Creio ser caso para dizer que cem anos depois se frustraram todas as grandes expectativas dos revolucionários que derrubaram uma monarquia sem alma e que geraram uma república sem norte.

De facto, passado o período revolucionário, foi preciso mão de ferro para por as contas em dia. O Estado Novo instalou-se e perdurou por várias décadas.

Só nova revolução abriu de novo a porta aos ideais da Republica.

Hoje, poucas décadas depois, a situação assemelha-se:
Não há controlo nas contas públicas, quem governa diz que a culpa é dos governados, a quem cada vez mais aprisiona com uma sobrecarga de impostos para sustentar de bom grado uma classe de privilegiados que se apresentam como predestinados a receber aquilo que outros ganham com suor e lágrimas.

Triste dia este, em que para uns continuarem com festejos e inaugurações outros têm de mendigar ou passar fome.

Se este é um dia tão importante, porque não estabelecem os políticos um critério de justiça perceptível nos rendimentos do trabalho desenvolvido por cada um?

As revoluções normalmente resultam de sentimentos de injustiça que se enraízam na sociedade.

Para onde caminhamos nós?